O fato de o homem ser publicamente útil, uma engrenagem, uma função, é evidência de uma predisposição natural; não é a sociedade, mas o único tipo de felicidade de que são capazes, que faz deles máquinas inteligentes. Para os medíocres a felicidade é a mediocridade; possuem um instinto natural para dominar apenas uma coisa, para a especialização. Seria profundamente indigno da parte de um intelecto profundo ver algo de condenável na mediocridade em si. Ela é, de fato, o primeiro pré-requisito ao surgimento das exceções: é uma condição necessária a toda civilização elevada. Quando o homem excecional trata o homem medíocre com mais delicadeza que si próprio ou seus iguais, isso não se trata de uma gentileza — é simplesmente seu dever... A quem odeio mais entre a ralé de hoje? A escumalha socialista, aos apóstolos de chandala que minam o instinto do trabalhador, seu prazer, seu sentimento de contentamento com uma existência pequena — que o tornam invejoso, que lhe ensinam a vingança... A injustiça nunca está desigualdade de direitos, mas na exigência de direitos “iguais”... O que é mau? Mas essa questão foi respondida: tudo que se origina da fraqueza, da inveja, da vingança. — O anarquista e o cristão têm a mesma origem...