Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 16: VIII

Página 168
Estabeleceu a relação entre uma e outra, mostrando como ambas haviam sempre concorrido para a civilização. Rodolphe e a Sr! Bovary conversavam sobre sonhos, pressentimentos, magnetismo. Remontando ao berço das sociedades, descrevia o orador esses tempos selvagens em que os homens se alimentavam de bolotas, no interior dos bosques. Depois deixaram as peles dos animais, vestiram-se de pano, abriram sulcos na terra, plantaram vinhas. Teria sido isto um bem e não haveria nesta descoberta mais inconvenientes do que vantagens? Derozerays punha o problema à consideração. Do magnetismo passara Rodolphe, a pouco e pouco, para as afinidades e, enquanto o Sr. Presidente citava Cincinato lavrando com o seu arado, Diocleciano plantando as suas couves e os imperadores da China inaugurando o ano com sementeiras, o rapaz explicava a Emma que aquelas irresistíveis atracções tinham origem nalguma existência anterior.

- Por exemplo, nós - dizia ele -, por que razão nos conhecemos?

Que acaso o permitiu? Foi, sem dúvida nenhuma, porque, através da separação, como dois rios que correm para se encontrar, os nossos declives particulares nos haviam impelido um para o outro.

E agarrou-lhe na mão; ela não a retirou.

«Conjunto de boas culturas!», gritou o presidente. - Há pouco, por exemplo, quando fui a sua casa... «Ao Sr. Bizet, de Quincampoix.»

- Sabia eu, porventura, que a acompanharia? «Setenta francos!»

- Uma centena de vezes quis mesmo vir-me embora, e afinal segui-a, deixei-me ficar.

«Estrumes.»

- Assim como ficaria esta noite, amanhã, nos outros dias, toda a minha vida!

«Ao Sr. Caron, de Argueil, medalha de ouro!»

- Porque nunca encontrei na companhia de ninguém um encanto tão completo.

«Ao Sr. Bain, de Givry-Saint-Martin!»

- Por isso a levarei na lembrança.

<< Página Anterior

pág. 168 (Capítulo 16)

Página Seguinte >>

Capa do livro Madame Bovary
Páginas: 382
Página atual: 168

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
PRIMEIRA PARTE – I 1
II 12
III 22
IV 29
V 36
VI 40
VII 46
VIII 54
IX 66
SEGUNDA PARTE – I 79
II 90
III 97
IV 112
VI 126
VII 140
VIII 150
IX 175
X 186
XI 196
XII 209
XIII 224
XIV 234
XV 246
TERCEIRA PARTE – I 255
II 271
III 282
IV 285
V 289
VI 307
VII 325
VIII 339
IX 357
X 366
XI 373