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Capítulo 20: XII

Página 223
Emma correu atrás dele e, debruçando-se à beira da água, entre os silvados:

- Até amanhã! - exclamou.

Ele estava já do outro lado do rio e caminhava rapidamente pela pradaria.

Passados alguns minutos, Rodolphe parou; e, quando a viu com o seu vestido branco desvanecer-se pouco a pouco na sombra como um fantasma, começou-lhe o coração a bater com tal intensidade, que teve de se encostar a uma árvore para não cair.

- Que imbecil que eu sou! - disse ele, praguejando espantosamente. - Não tem importância, era uma linda amante!

E, no mesmo instante, veio-lhe novamente ao espírito a beleza de Emma, com todos os prazeres daquele amor. Primeiro enterneceu-se, depois revoltou-se contra ela.

- Com franqueza - exclamava ele gesticulando -, não me posso expatriar, ficar com a responsabilidade de uma criança.

Dizia coisas para reforçar a decisão tomada.

- E, além disso, as atrapalhações, a despesa. Ah! não, não, mil vezes não! Seria estúpido de mais.

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pág. 223 (Capítulo 20)

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Capa do livro Madame Bovary
Páginas: 382
Página atual: 223

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
PRIMEIRA PARTE – I 1
II 12
III 22
IV 29
V 36
VI 40
VII 46
VIII 54
IX 66
SEGUNDA PARTE – I 79
II 90
III 97
IV 112
VI 126
VII 140
VIII 150
IX 175
X 186
XI 196
XII 209
XIII 224
XIV 234
XV 246
TERCEIRA PARTE – I 255
II 271
III 282
IV 285
V 289
VI 307
VII 325
VIII 339
IX 357
X 366
XI 373