Emma correu atrás dele e, debruçando-se à beira da água, entre os silvados:
- Até amanhã! - exclamou.
Ele estava já do outro lado do rio e caminhava rapidamente pela pradaria.
Passados alguns minutos, Rodolphe parou; e, quando a viu com o seu vestido branco desvanecer-se pouco a pouco na sombra como um fantasma, começou-lhe o coração a bater com tal intensidade, que teve de se encostar a uma árvore para não cair.
- Que imbecil que eu sou! - disse ele, praguejando espantosamente. - Não tem importância, era uma linda amante!
E, no mesmo instante, veio-lhe novamente ao espírito a beleza de Emma, com todos os prazeres daquele amor. Primeiro enterneceu-se, depois revoltou-se contra ela.
- Com franqueza - exclamava ele gesticulando -, não me posso expatriar, ficar com a responsabilidade de uma criança.
Dizia coisas para reforçar a decisão tomada.
- E, além disso, as atrapalhações, a despesa. Ah! não, não, mil vezes não! Seria estúpido de mais.