Mas agora possuía, para toda a vida, esta formosa mulher, a quem adorava. O universo, para ele, não ultrapassava a roda do seu saiote de seda; acusava-se de não a amar suficientemente e sentia vontade de voltar a vê-la; voltava apressadamente a casa com o coração palpitante. Emma, no quarto, estava a fazer a sua
toilette; ele aproximava-se pé ante pé e beijava-a nas costas; ela soltava um grito.
Não podia abster-se de lhe tocar constantemente na travessa do cabelo, nas madeixas, no lenço do pescoço; às vezes dava-lhe com veemência grandes beijos no rosto, ou então uma série de beijinhos ao longo do braço nu, desde a ponta dos dedos até ao ombro; ela repelia-o, meio sorridente, meio enfadada, como se faz a uma criança que se pendura em nós.