Depois, através de um gradeamento, aparece uma casa branca atrás de um círculo relvado enfeitado por um Cupido de dedo na boca; a cada lado do patamar vêem-se dois vasos de ferro fundido; à porta brilham tabuletas; é a casa do tabelião, a mais bonita da localidade.
A igreja fica do outro lado da rua, vinte passos adiante, à entrada do largo. O pequeno cemitério que a rodeia, fechado por um muro baixo, está tão cheio de sepulturas que as velhas pedras rasas formam, ao nível do chão, um lajedo contínuo, onde a erva desenhou espontaneamente quadrados verdes regulares. A igreja foi reconstruída nos últimos anos do reinado de Carlos X. A abóbada, de madeira, começa a apodrecer no alto e, de espaço a espaço, mostra depressões negras no meio da sua cor azul. Por cima da porta, onde deveria existir o órgão há uma tribuna para os homens, com uma escada de caracol que os tamancos fazem ressoar.
A luz do sol, entrando pelos vitrais muito simples, ilumina obliquamente os bancos alinhados contra a parede, vendo-se aqui e além um ou outro capacho pregado, tendo por baixo, em grandes letras: «Banco do Sr. Fulano.» Mais adiante, onde a nave se estreita, o confessionário forma simetria com uma estatueta da Virgem, vestida de cetim, com um véu de rule recamado de estrelas prateadas e as faces avermelhadas como um ídolo das ilhas Sanduíche; finalmente, uma cópia da Sagrada Família, oferta do ministro do Interior, dominando o altar-rnor, entre quatro castiçais, fecha, ao fundo, a perspectiva. Os bancos do coro, de madeira de pinho, ficaram por pintar.
O mercado, isto é, um telheiro sustentado por uns vinte postes, ocupa, só por si, cerca de metade da praça de Yonville. O edifício da administração municipal, construído segundo os planos de um arquitecto de Paris, é uma espécie de templo grego que faz esquina, ao lado da casa do farmacêutico.