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Capítulo 4: IV

Página 24

Vejam lá se o padre não fez bem em adiar o sermão para ocasião mais oportuna.

Porém, Margarida? Essa é que não se ria. Certo instinto de delicadeza, inato em quase todas as mulheres, não sei que vaga presciência de infortúnio, que algumas, de criança, possuem, parecia- lhe estar dizendo que tudo aquilo, sem saber porquê, lhe poderia vir a ser funesto.

E enquanto que Daniel ria, ela, coitada, não se pôde conter, e começou a chorar.

- Que tens tu, Guida? Isso o que é? - perguntou-lhe Daniel, já sério e meio sensibilizado. - Porque choras assim?

- Deixe-me. Não sei bem... mas sinto uma tristeza... e tamanha...

tamanha!... Vamos. É tarde, vou juntar o gado.

- E eu ajudo-te.

- Não. Vá para casa e corra bem, antes que o Sr. Reitor chegue lá primeiro.

- Pois ele irá?

- Ande... corra.

Foi então que Daniel reconheceu que Margarida podia ter alguma razão em não levar o caso a rir, e que não devia ser para ele uma coisa de todo insignificante a aparição do padre ali. Por isso disse adeus à sua companheira, e deitou a correr para casa.

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Capa do livro As Pupilas do Senhor Reitor
Páginas: 332
Página atual: 24

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 6
III 12
IV 16
V 25
VI 31
VII 35
VIII 43
IX 52
X 59
XI 65
XII 74
XIII 81
XIV 88
XV 95
XVI 102
XVII 109
XVIII 119
XIX 127
XX 134
XXI 139
XXII 147
XXIII 153
XXIV 161
XXV 170
XXVI 179
XXVII 187
XXVIII 192
XXIX 198
XXX 212
XXXI 219
XXXII 225
XXXIII 232
XXXIV 240
XXXV 247
XXXVI 256
XXXVII 261
XXXVIII 271
XXXIX 280
XL 296
XLI 306
XLII 316