"Imagine-se o espanto de Ben Joyce, aliás, Ayrton, quando se viu diante de Lorde Glenarvan! "Eis o que sucedera: Glenarvan, a mulher e os amigos, depois de trabalhos e perigos sem conta, tinham conseguido chegar a Melbourne, onde o desesperado Tom Austin os pôs ao corrente da traição de Ayrton e da captura do iate pela força.
"Homem de grande fortuna e não menor coragem, o lorde escocês não se deu por vencido. Imediatamente, fretou um navio mercante bem armado e tripulado por gente destemida, e foi no encalço do Duncan, acabando por recuperá-lo como se viu.
"Os cúmplices de Ayrton, todos eles cadastrados evadidos, foram imediatamente entregues às autoridades inglesas e recambiados para a ilha Norfolk, a colónia penal mais severa da época. Ayrton só escapou a igual sorte, porque, à última hora, conseguiu negociar um acordo com Lorde Glenarvan: em troca das informações sobre o naufrágio do Britannia, seria desembarcado numa das ilhas do Pacífico. Recomeçaram, então, as buscas ao longo do paralelo 37", desta feita em pleno oceano. Ora sucedeu que Ayrton, tomado talvez por alguma sombra de arrependimento, acabou por revelar o seu passado, confessando nada saber a respeito do Britannia, desde o dia em que o capitão Grant o expulsara do navio, abandonando-o na costa australiana.
"Apesar desta confissão, Lorde Glenarvan manteve a palavra dada de não entregar Ayrton às autoridades inglesas, e o Duncan prosseguiu a busca mantendo a rota no paralelo 37". Foi assim que chegaram à ilha Tabor, a terra referenciada na mensagem dos náufragos! Estes foram recolhidos a bordo, enquanto o traidor recebia ordem de desembarque. Aquela seria a ilha do desterro. Antes, porém, Ayrton foi chamado à presença de Lorde Glenarvan, que lhe