Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 14: CAPÍTULO 15

Página 150

- Deus te dê forças para arrostar com um tão difícil transe, minha querida filha.

- Há de dar-mas, sim, porque a Ele aprazem-lhe sempre as ações boas.

As duas senhoras demoraram-se ainda alguns momentos, comentando e lastimando tão triste sucesso e sobretudo o procedimento de Fernando, que tentavam desculpar.

Por volta das onze horas o jovem entrou na sala onde as duas senhoras estavam, e, depois dos cumprimentos do estilo, foi sentar-se próximo de D. Deolinda, com a sua costumada afabilidade. A baronesa, pretextando alguns afazeres, retirou-se, deixando sós os dois jovens.

Deolinda, logo que a sua mãe se afastou, deu-se ares de serenidade, exclamando com voz tristemente afável:

- Não sabes, Fernando?... Já dei hoje princípio às minhas visitas.

- Sim?!...

- É verdade, mas logo a primeira pessoa a quem visitei, e à qual talvez estimava mais do que nenhuma outra, me surpreendeu, porque fui encontrar essa minha querida amiga num estado bem deplorável... Pobre rapariga!... Quem a conheceu outrora tão bela e encantadora como a flor viçosa dos prados, e a vê hoje abatida e pálida como a triste violeta, à qual o sol ardente roubou o viço e a beleza!... Confesso-te, Fernando, que fiquei consternada.

- E quem é essa infeliz?

- Persuadia-me que já o sabias: é a Rosa do Adro, aquela travessa rapariga doutro tempo, que fazia o enlevo de nós todos.

- Sim?! Pobre Rosa!...

- É verdade. Segundo ouvi dizer, o estado de adiantamento da sua moléstia é tal que já poucas ou nenhumas esperanças há talvez de salvar a pobre vítima. Além disso, o velho facultativo desta aldeia, ou por já cansado de inteligência ou pela pouca prática de tais padecimentos, quase que nenhuns meios lhe aplica para a restabelecer... Talvez um outro, mais experiente, a pudesse salvar.

<< Página Anterior

pág. 150 (Capítulo 14)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Rosa do Adro
Páginas: 202
Página atual: 150

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO 1 1
CAPÍTULO 2 6
CAPÍTULO 3 9
CAPÍTULO 4 12
CAPÍTULO 5 20
CAPÍTULO 6 31
CAPÍTULO 7 45
CAPÍTULO 8 59
CAPÍTULO 9 67
CAPÍTULO 10 84
CAPÍTULO 11 91
CAPÍTULO 12 97
CAPÍTULO 13 117
CAPÍTULO 15 140
CAPÍTULO 16 157
CAPÍTULO 17 168
CAPÍTULO 18 181
CAPÍTULO 19 193