.. - respondeu o rapaz, fitando nela os olhos já amortecidos.
Passaram-se assim alguns momentos, em que os dois não deixaram um só instante de enlaçar-se um ao outro. De repente o corpo de Fernando agitou-se convulsivamente, e dos seus lábios saiu, como num suspiro, o nome de Rosa.
Esta soltou um grito penetrante, e todas as pessoas que permaneciam num aposento imediato correram apressadas, entrando em tropel no quarto.
Fernando entreabriu ainda os olhos, e, chamando para junto de si as pessoas que tinham entrado, apertou as mãos, sucessivamente, do seu pai, da baronesa, do facultativo, da avó de Rosa e de algumas outras pessoas, e, quando ia a fazer o mesmo a Deolinda, acenou para que se curvasse para ele e imprimiu-lhe um beijo na cara, murmurando:
- Adeus... Deolinda...
A filha da baronesa correspondeu àquele último adeus com outro beijo na testa do moribundo, que ele agradeceu com o olhar.
Depois, voltou todas as atenções para a sua esposa e ergueu um pouco a cabeça para ela, como para lhe dizer alguma coisa. Rosa curvou-se, recebeu ainda um beijo, que ela retribuiu, e a cabeça caiu inanimada sobre o regaço em que repousava.
Fernando tinha exalado o último suspiro, e daí a pouco o sino da igreja da aldeia dobrava lugubremente, anunciando que a alma de um justo tinha voado à mansão eterna.
O enterro fez-se no dia seguinte, por volta das 11 horas da manhã, como é costume nas aldeias.
Não havia uma única pessoa que não lamentasse a morte do infeliz rapaz, e a prova mais significativa de quanto estimavam ali o jovem facultativo demonstrava-se no aspeto consternado da multidão que se apinhava em todos os locais por onde passava o fúnebre cortejo.
Por essa ocasião, o assunto principal das conversas, depois