Apocalipse - Cap. 13: Capítulo 13 Pág. 102 / 180

DOZE

E talvez termine aqui o mais antigo manuscrito pagão. Seja como for, o primeiro ciclo do drama chegou ao fim. Com várias hesitações, um qualquer velho apocalipta dá início ao segundo ciclo, agora o ciclo da morte e da regeneração da terra ou do mundo, e não do indivíduo. Também sentimos que esta parte é muito anterior a João de Patmos. Não obstante é muito judaica a sua curiosa distorção do paganismo feita através da moral e cataclísmica visão dos Judeus - a sua insistência monomaníaca no castigo e na dor que percorre o Apocalipse de uma ponta à outra. Estamos agora em plena atmosfera judaica.

Contudo, velhas ideias pagãs subsistem. O incenso sobe em grandes nuvens de fumo até às narinas do Todo-Poderoso. São, no entanto, nuvens de fumo de incenso com uma carga alegórica e levam as preces até aos santos. Além disso, o fogo divino desce à terra para iniciar a pequena morte e a derradeira regeneração do mundo, da terra e das multidões. Sete anjos - os sete anjos das sete naturezas dinâmicas de Deus - recebem sete trombetas para fazer sete anunciações.

E nesta altura o Apocalipse finalmente judaico começa a desenrolar o segundo ciclo das Sete Trombetas.

Volta a haver uma divisão entre quatro e três.





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