Como sabemos, esta cena vívida à frente do templo para glorificar um novo iniciado e identificá-lo ou confundi-lo com o deus, no meio de grande esplendor e maravilha, ao som de flautas e com um balo içar de grinaldas perante a multidão de espectadores intimidada, era o fim do ritual dos Mistérios de Isis. Os apocaliptas transformaram uma cena deste género em visão cristã. Realmente, ela dá-se depois da abertura do sétimo selo. O ciclo da iniciação individual está cumprido. O grande conflito e a conquista estão mais do que terminados. O iniciado morreu e agora volta outra vez a viver num novo corpo. Tem a testa marcada como um monge hindu, sinal de que morreu já a morte e o seu sétimo eu se consumou; nasceu duas vezes, já tem aberto o olho místico ou «terceiro olho». Vê em dois mundos. Ou, tal como os faraós com a serpente Uréus levantada entre as sobrancelhas, detém o derradeiro e orgulhoso poder do sol.
Tudo isto é, porém, pagão e ímpio. Nenhum cristão está autorizado, na terra e a meio da vida, a elevar-se renovado e num corpo divino. Em vez disso o que vemos será, pois, uma multidão de mártires no céu.
A sua marca na testa pode ser de cinza: o selo da morte no corpo; ou então pode ser escarlate ou glória, a nova luz ou visão. Na realidade, ela própria é o sétimo selo.
Já tudo terminou, e durante um período de cerca de meia hora há silêncio no céu.