Apocalipse - Cap. 4: Capítulo 4 Pág. 25 / 180

Grandes soberanos, como o recém-falecido czar - isto é, grandes pela posição que ocupam -, tornam-se quase imbecis pela grande anti-vontade das massas ou pela vontade de negar o poder. Os modernos reis são anulados ao ponto de se tornarem quase idiotas. E o mesmo se passa com qualquer homem no poder, a menos que seja um destruidor do poder e um malvado pássaro que se enfeita com penas de pavão; neste caso, as massas dar-lhe-ão o seu apoio. Como será possível que algum dia as massas inimigas do poder, sobretudo as grandes massas medíocres, tenham um rei que seja algo mais do que ridículo ou patético?

O Apocalipse, face oculta do cristianismo, trabalha há quase dois mil anos e tem a obra quase concluída. Porque o Apocalipse não venera o poder. Pretende assassinar os poderosos, arrebatar para si - para si, o fraco - o poder.

[udas devia denunciar Jesus aos poderes constituídos, por causa da negação e do subterfúgio inerentes à sua doutrina. Jesus assumiu, mesmo perante os seus discípulos, uma posição de individualidade pura. Nunca se misturou realmente com eles, nem sequer trabalhou com eles. Esteve sempre sozinho.





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