Desce da carruagem; o primeiro objeto que se lhe depara é um esquife; ele desvia os olhos com esse simples desgosto de um homem afeito aos prazeres que julga lhe deva ser poupado todo espetáculo capaz de o obrigar à contemplação da miséria humana. Faz menção de subir. A mulher de Versalhes pergunta, por curiosidade, a quem vão enterrar; pronunciam o nome da senhorita de St. Yves. A esse nome, ela empalidece e solta um grito; St. Pouange volta-se; a surpresa e a dor lhe avassalam a alma. Ali se achava o bom Gordon, com os olhos rasos de lágrimas. Interrompe as suas tristes preces para narrar ao cortesão toda aquela horrível catástrofe. Fala-lhe com esse império que dão o sofrimento e a virtude. St. Pouange não nascera mau; a torrente das intrigas e diversões havia arrebatado a sua alma, que ainda se desconhecia. Não havia atingido à velhice, que de ordinário endurece o coração dos ministros; escutava Gordon de olhos baixos e enxugava algumas lágrimas que estava atônito de derramar: conheceu o arrependimento.
- Faço absoluta questão de ver - disse ele - esse homem extraordinário de quem o senhor me falou; ele me comove quase tanto como essa inocente vítima cuja morte causei.