Apocalipse - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 131 / 180

Nos tempos actuais não conseguimos despertá-lo para a vida. Desperta nos mais baixos níveis da vida; durante um certo tempo num aviador como Lindbergh, ou num boxeur como Dempsey. A pequena serpente de ouro é que eleva estes dois homens a um certo nível de heroísmo, e por um breve espaço de tempo. Nos níveis mais elevados não há, porém, sinal nem rasto do grande dragão.

Contudo, a vulgar visão do dragão não é pessoal mas cósmica.

No imenso cosmo das estrelas é que o dragão serpenteia e dá à cauda. Vemo-lo vermelho, com o seu ar malfazejo. Não devemos porém esquecer que o dragão, quando se mexe verde e reluzente numa noite escura como breu cheia de estrelas, é quem faz o seu prodígio nocturno, o pleno e rico enrolar das suas dobras é que torna o céu sumptuosamente calmo enquanto ele por lá vai deslizando e zela pela imunidade, pela preciosa força dos planetas, e dá brilho e nova força às estrelas fixas, e à lua uma beleza ainda mais serena. Ao enrolar-se dentro do sol faz o sol feliz e obriga-o, radioso, a executar uma dança. Porque o dragão, quando visto sob o seu aspecto benéfico, é o grande vivificador, é o grande valorizador do universo inteiro.

Ainda continua a sê-lo para os Chineses. O comprido dragão verde, que nos é tão familiar nas coisas chinesas, é o dragão com o seu aspecto benéfico promotor de vida, dador de vida, fazedor de vida, vivificador.





Os capítulos deste livro