Apocalipse - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 130 / 180

Os filósofos modernos podem chamar-lhe Líbido ou Élan Vital, mas são palavras pobres que nada transmitem o sugestivo poder selvagem do dragão.

E o homem «adorava» o dragão. Nos grandes tempos passados, um herói era um herói quando conquistava o dragão hostil, quando tinha consigo, nos membros e no peito, o poder do dragão. Quando Moisés erigiu no deserto a serpente de bronze, acto que dominou a imaginação dos Judeus durante muitos séculos, estava a substituir a dentada do mau dragão - ou serpente - pela força do bom dragão. Quer isto dizer que o homem pode ter a serpente por si ou contra si. Quando a sua serpente está por si, é quase divino. Quando a sua serpente está contra si, é mordido, envenenado e interiormente derrotado. No passado, o grande problema estava na conquista da serpente inimiga e na libertação da serpente de ouro com um cintilante brilho no interior do eu, vida dourada e fluida no interior do corpo, despertar do esplêndido e divino dragão dentro de um homem ou de uma mulher.

Hoje, o sofrimento do homem deve-se a milhares de pequenas serpentes que o mordem e envenenam sem cessar; e o grande e divino dragão está inerte.





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