Apocalipse - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 140 / 180

Nos mais recuados tempos, ouro era a matéria do próprio dragão, o seu suave e reluzente corpo que a glória do dragão encarecia, e os homens vestiam de suave ouro por razões de glória, tal como podemos vê-lo em túmulos de guerreiros egeus e etruscos. E só quando o dragão vermelho se transformou em kakodaímon os homens começaram a ansiar pelo dragão verde e por braceletes de prata, o ouro perdeu o sentido de glória e fez-se dinheiro. Por que é que o ouro se fez dinheiro?, perguntam-nos os Americanos. Ora aqui está o que temos a dizer: por causa da morte do grande dragão de ouro, do advento do dragão verde e prata. - Os Persas e os Babilónios como gostavam do azul-turquesa! E como os Caldeus gostavam do lápis-Iázuli! Numa época tão remota já se tinham afastado do dragão vermelho! O dragão de Nabucodonosor é azul, é um unicórnio com altivo porte e escamas azuis. Altamente evoluído. O dragão do Apocalipse é um animal muito mais antigo e, por conseguinte, kakodaímon.

Contudo, a cor real ainda era o vermelho; o escarlate e a cor púrpura, que não é roxa mas carmesim, a verdadeira cor do sangue vivo, estavam reservados a reis e a imperadores. Passaram a ser as cores do mau dragão. São as cores com que o apocalipta veste a grande prostituta, a mulher a quem chama Babilónia. A cor da própria vida fez-se cor da abominação.





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