Apocalipse - Cap. 19: Capítulo 19 Pág. 151 / 180

No Apocalipse, porém, cada animal tem seu rosto, e à medida que a ideia cósmica vai enfraquecendo encontramos as quatro naturezas cósmicas das quatro Criaturas aplicadas, primeiro, aos grandes Querubins, depois aos Arcanjos personificados - Miguel, Gabriel, etc. - e por fim aos quatro evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João. «Quatro, por os Evangelhos terem quatro Naturezas». Tudo isto é um processo de degradação ou personificação de um grande e velho conceito.

Paralelamente à divisão do cosmo em quatro quadrantes, quatro partes e quatro «naturezas» dinâmicas, surge a outra divisão em quatro elementos. Parece que só existiam, de início, três elementos: céu, terra e mar ou água, sendo o céu primitivamente luz ou fogo. O reconhecimento do ar é mais tardio. O cosmo, porém, estava completo com os elementos fogo, terra e água pois o ar, e com a treva passa-se o mesmo, era concebido como uma forma de vapor.

Ao que parece, os primeiros cientistas (filósofos) queriam fazer um elemento, o máximo dois, responsabilizarem-se pelo cosmo. Anaximenes dizia que tudo era água. Xenófanes dizia que tudo era terra e água. A água emitia exalações húmidas e nestas exalações húmidas havia faíscas latentes; estas exalações eram sopradas para o alto como nuvens, eram sopradas para muito longe, para o alto, e condensavam as suas próprias faíscas em vez de fazê-lo com a água, e assim se formavam as estrelas; chegaram mesmo a formar o sol.





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