Apocalipse - Cap. 24: Capítulo 24 Pág. 173 / 180

A imaginação cristã pôde, sozinha, apreendê-los.

1. Nenhum homem é, ou pode ser, um puro indivíduo.

A massa humana apenas tem um leve resquício de individualidade; se tiver. A massa humana vive, move-se, pensa e sente colectivamente, e não tem praticamente nenhumas emoções, nenhuns sentimentos nem pensamentos. Os homens são fragmentos da consciência colectiva ou social. Sempre assim foi. E sempre será.

2. O Estado, ou aquilo a que se chama Sociedade enquanto todo colectivo, não pode ter a psicologia de um indivíduo. Também é erro dizer-se que o Estado é composto por indivíduos. Não é. Compõe-se de uma colecção de seres fragmentários. E nenhum acto colectivo, nem mesmo um acto secreto como o de votar é realizado pelo eu individual. É realizado pelo eu colectivo e tem um fundo psicológico diferente, não individual.

3. O Estado não pode ser cristão. Todo o Estado é um Poder.

Não pode deixar de sê-lo. Todo o Estado tem de proteger as suas fronteiras e a sua prosperidade. Se deixar de fazê-lo, trairá todos os seus cidadãos individuais.

4. Todos os cidadãos são uma unidade de poder terreno. Um homem pode desejar ser puramente cristão e puramente individual. No entanto, como tem de ser membro de um qualquer Estado político, ou de uma qualquer nação, vê-se forçado a ser uma unidade de poder terreno.





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