Jesus tornou isto inevitável quando disse que o dinheiro pertencia a César. Foi um erro. Dinheiro significa pão, e o pão dos homens não pertence a nenhum homem. O dinheiro também significa poder, e é monstruoso dar poder ao inimigo virtual. Era fatal que, mais tarde ou mais cedo, a alma dos cristãos fosse violada por César. Jesus, porém, só via o indivíduo e só levava em conta o indivíduo. Deixou a João de Patmos, que era hostil ao Estado Romano, o papel de formular o conceito cristão do Estado Cristão. E João fê-lo no Apocalipse. Isto implica a destruição do mundo inteiro e um reinado de santos num derradeiro e incorpóreo triunfo. Ou então implica a destruição de todo o poder terreno e o domínio de uma oligarquia de mártires (o Milénio).
Agora estamos a caminhar para essa destruição de todo o poder terreno. A oligarquia dos mártires começou com Lenine e, ao que parece, outros mártires haverá. Estranha, estranha gente são os mártires de insólita e fria moralidade! Quando todos os países tiverem um chefe mártir, como Lenine ou os tais outros, que estranho e impensável o mundo não será! Isso vai, porém, acontecer; o Apocalipse continua a ser um livro de vaticínios.
A doutrina cristã e o pensamento cristão omitiram alguns pontos de extrema importância.