Apocalipse - Cap. 7: Capítulo 7 Pág. 50 / 180

Na segunda parte, a imagística é judaica e alegórica, de certo modo moderna, e tem uma explicação local e temporal relativamente fácil. Quando lá se encontra uma nota de verdadeiro simbolismo, não é sob a forma de ruina ou vestígio encastrado na estrutura presente, mas antes de reminiscência lírica.

Uma terceira coisa que nos impressiona é o uso constante dos títulos do poder, não só pagãos como judaicos, e qualquer deles atribuído a Deus e ao Filho do Homem. Rei dos Reis, Senhor dos Senhores são típicos de uma ponta à outra, bem como Iosmokrator e Kosmodynamos. Sempre títulos de poder, e nunca I tulos de amor. O Cristo é sempre o conquistador omnipotente que faz relampejar a sua grande espada e destrói; destrói grandes massas humanas até o sangue chegar ao freio dos cavalos. Nunca, nunca é o Cristo Salvador. O Filho do Homem do Apocalipse vem à terra trazer um poder novo e terrível, maior do que o poder que qualquer Pompeu, Alexandre ou Ciro algum dia teve. Poder medonho, poder destruidor. E quando algum elogio se faz, ou é cantado o Filho do Homem, é para lhe conferir poder e riquezas, sabedoria, força, honra, glória e bênçãos - todos os atributos conferidos aos grandes reis e faraós da terra mas que se adaptam mal ao Jesus crucificado.





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