Apocalipse - Cap. 7: Capítulo 7 Pág. 52 / 180

Violento e impregnado pelos livros hebreus do Velho Testamento, mas também impregnado por toda a espécie de conhecimentos pagãos, por tudo quanto pudesse contribuir para a sua paixão, a sua insuportável paixão pelo Segundo Advento, pela total destruição dos Romanos com a grande espada de Cristo, pelo espezinhamento da humanidade no lagar da ira de Deus até o sangue chegar ao freio dos cavalos, pelo triunfo do cavaleiro num corcel branco, maior do que qualquer rei persa. Depois, durante um milhar de anos, o poder dos mártires; e depois, oh, depois a destruição de todo o universo e o Juízo Final. «Vem, Senhor Jesus, vem!»

E João estava firmemente convencido de que ele vinha, e vinha de imediato. Por isso os tremores da esperança terrível e terrificante dos primeiros cristãos; que ao olhar dos pagãos os transformou, como é natural, em inimigos de toda a humanidade.

Ele, porém, não veio, o que nos faz ter pouco interesse pelo caso. O que nos interessa é a estranha recidiva pagã do livro e os vestígios pagãos que nele existem. E percebemos agora que ao Judeu, quando se digna olhar para o mundo exterior tenha de faze-lo com olhos de gentio ou pagão. Os judeus do período pós-David não tinham olhos próprios com que pudessem ver.





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