Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 12: CAPÍTULO XI

Página 110
Além de que, o padre marcos, tratando-o sempre por senhor - o senhor isto, o senhor aquilo - , entendia que se aproximava do tratamento que se deve aos reis, e ao mesmo tempo ia insinuando ao real hóspede que já o conhecia.

- Bom é que ele se vá persuadindo que não somos pategos - dizia o abade ao nunes. - sim, bom é que se persuada... Você percebe. - e piscava com esperteza.

- Ora, se percebo! O abade tem andado com uma cábula muito fina. Eu é que me custa a ter mão em mim. A minha vontade era deitar-me de joelhos aos pés dele, e dizer-lhe: “Real senhor, nada de disfarces! Aqui estão dois vassalos da vossa majestade que lhe oferecem o seu sangue!”

- Deixe estar - acomodava o padre - deixe estar, nunes. As coisas não vão assim... Quando for tempo, eu lhe direi... Nada de espantar a caça.

O veríssimo pediu ao abade algum livro para se entreter, e não o obrigar a aturá-lo. O padre levou-o ao seu quarto, onde havia uma estante de pinho com três lotes de livros. Mostrou-lhe o punhal dos corcundas, a defesa de Portugal, do padre Alvito Buela, a besta esfolada, os burros, e o novo príncipe. O veríssimo levou-os para o seu quarto, exceto os burros; disse que não gostava de poesia. Falou com louvor do padre José agostinho e de frei Fortunato de S. Boaventura - colunas do altar e do trono, que tinham deixado dois vácuos impreenchíveis na falange realista. Perguntou-lhe o abade se os tinha conhecido pessoalmente. - que sim, com as suas mãos... E sorria, como o príncipe proscrito, se lhe fizessem semelhante pergunta.

- Que prazer teria o padre José agostinho, se hoje vivesse e pudesse ver el-rei!... - meditou o abade com a sua grande perspicácia observadora.

- Decerto. - concordava o veríssimo indolentemente. - mas quem tem agora esperanças de ver D.

<< Página Anterior

pág. 110 (Capítulo 12)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 110

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196