Miguel, às leis novas, à santa religião e morras aos cabralistas. Quando queimavam os papéis, um brasileiro setembrista, o Sá Miranda, disse ao comandante que não convinha por enquanto aclamar D. Miguel; que dessem morras ao governo e vivas à religião.
Nesta barafunda, o regedor preso entre meia dúzia de jornaleiros que discutiam as leis velhas e as novas na taverna do folipo, compreendera um aceno do taverneiro e fugira pelos quintais. Meteu - se ao caminho de braga, onde estava o general conde das antas. O José dias, receando que o perseguissem em Caldelas, refugiara-se também em braga e alistou-se no batalhão dos serezinos comandado pelo cónego monte Alverne.
Neste meio-tempo, chegou da américa o Feliciano rodrigues Prazins, tio de marta. Demorou-se poucos dias. Ganhara medo que o roubassem as guerrilhas. Foi para o porto pôr em segurança as suas letras e voltou quando a queda dos Cabrais garantia o sossego dos capitalistas. Na volta a Prazins, olhou mais atentamente para a sobrinha, deu-me alguns cordões, e disse ao irmão que não se lhe dava de casar com ela. O Simeão afirmou logo com um descaramento perdoável: - que não se fosse sem resposta o mano, que a jovem dava o cavaco por de.
Feliciano tinha quarenta e sete anos. Não se parecia com a maioria dos nossos patrícios que regressam do brasil com uma opulência de formas almofadadas de carnes socadas. Era magro esqueleticamente, um organismo de poeta sugado pelos vampiros do spleen. Dizia, porém, que tinha febras de aço e nunca tomara remédios de botica. Muito míope, usava de monóculo redondo num aro de búfalo verde. Como era económico até à miséria, dizia-se em Pernambuco que o Feliciano usava um vidro só para não comprar dois; e que, se pudesse, venderia um olho como coisa inútil.