Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 17: CAPÍTULO XVI

Página 159
E por fim ameaçava-o: - que, se casasse com a marta, não a havia de gozar muito tempo. O Feliciano mostrou a carta ao irmão. Concordaram que era o pedreiro com a sua paixão, danado de raiva. O brasileiro entrou a pensar que o celerado era capaz de levar a vingança ao cabo - bater-lhe, matá-lo. Os tiros desfechados à sua honra de marido de marta resvalavam-lhe na couraça da consciência: “eu sei o que faço”, dizia ele; mas a ideia de um tiro ao seu físico, inquietava-o deveras. “É preciso dar cabo deste ladrão”, dizia o brasileiro ao mano, num grande mistério.

Lembrou-lhe o seu compadre, o francisco melro da pena, um taverneiro de olhos estrábicos, de alcunha o alma negra, um que o tinha avisado, quando a malta da patuleia tencionava agarrá-lo. O melro rompera relações com o Zeferino, por causa da partilha de uns dinheiros apanhados na mala do correio de Guimarães, e dizia hiperbolicamente ao seu compadre que o Zeferino, quando andara na patuleia, era ladrão como rato.

O melro era má bisca. Estivera três anos na relação como cúmplice num homicídio que se fizera na sua tasca. Vivia apertadamente com mulher e quatro filhos, e não cessava de pedir empréstimos ao compadre desde que o avisara. Quando o Simeão foi espancado, o melro logo lhe disse era segredo que quem lhe batera fora o Zeferino, com as costas guardadas par dois pimpões do monte Córdova. E acrescentou: - ele bem sabe a quem as faz. Havia de ser comigo ou com pessoa que me doesse...

O Feliciano deu um passeio para os lados da pena, onde morava o compadre. Disse-lhe que ia ver a quinta da comenda que se vendia; que lha fosse mostrar. Conversaram; e, no regresso, pararam em frente de uma casa com três janelas e um quintal espaçoso.

- É aqui - disse o melro.

O

<< Página Anterior

pág. 159 (Capítulo 17)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 159

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196