Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 9: CAPÍTULO VIII

Página 69
Repugnava-lhe o ébrio e professava uma sincera compaixão pelo homem.

Pouco depois do sol nado, o capelão de D. Andresa estava em quadros com um grande interesse. Queda salvar o vizinho de uma ratoeira armada ao seu dinheiro, ou convencer-se de que realmente o príncipe proscrito estava no concelho da póvoa de Lanhoso.

Chegara um pouco tarde. O Cerveira lobo já tinha matado o bicho copiosamente, um bicho muito antigo, invulnerável, que não se afogava em pouca genebra.

- Não há dúvida, padre rocha! Cá está o homem! - exclamou o fidalgo.

- Mau! - disse consigo o padre, quando lhe apanhou em cheio as inalações alcoólicas do bafo. - então é certo, Sr. Tenente-coronel?

- Se me quer chamar o que eu sou, amigo padre rocha, chame-me general e conde. Veja.

- Oh! Sim? Muitos parabéns, senhor conde, muitos parabéns! Quanto folgo! - e lia o sobrescrito.

- Pode abrir e leia alto!

- Muito boa forma de letra, sim senhor... É do próprio punho do Sr. D. Miguel?

- Leia e verá. É dele mesmo. Conheço a assinatura muito bem. Tal qual, sem tirar nem pôr. Vai um copito? - perguntava com a botija inclinada sobre o cálice.

- Muito obrigado a v. Exa tenho de dizer a missa à Sra. D. Andresa às dez horas.

- Leia lá então. Olhe que o nosso homem estudou. Explica-se muito sofrivelmente. Veja o padre que espiga se eu lhe mando uma carta escrita para aí à-toa, fiem? Bem diz a nação que ele andava a estudar lá por fora.

- Se dá licença, leio - interrompeu o padre com impaciência curiosa.

- Vá lá! - e puxou a cadeira e a botija para junto do capelão.

Velho, honrado e leal amigo, vasco da Cerveira lobo, conde de quadros e general dos meus exércitos. Eu el-rei vos envio muito saudar. Não podeis imaginar o grande prazer que senti quando ouvi o vosso nome e o li escrito no final da vossa mais que todas preciosíssima carta.

<< Página Anterior

pág. 69 (Capítulo 9)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 69

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196