Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 10: CAPÍTULO IX

Página 76

- Seria bom evitar a perda ao tenente-coronel e o opróbrio ao partido legitimista - alvitrou o paleógrafo.

- Eu não o podia fazer sem a certeza de não praticar alguma imprudência. Por isso vim consultar o reverendo luís de sousa. E daqui irei para braga entender-me com o governador civil.

- Faz bem. Não lho aconselharia, se pudéssemos dar remédio mais suave à doença desse miserável impostor, de quem eu sei mais algumas traficâncias. Constou-me há poucas horas, que umas beatas de braga, abastadas, e de apelido botelhas, tinham enviado uma importante quantia, por intermédio de um certo abade, a um D. Miguel que está escondido em Portugal. Eu podia dar aviso desta ladroeira; mas tenho compaixão do abade: não sei se ele é ladrão ou tolo. A segunda hipótese é que o salva de ser processado. Portanto, amigo padre rocha, faz um bom serviço à humanidade e ao partido, solicitando o castigo desse homem que conspurca o nome de el-rei e a honra do partido. Agora, visto que veio, vou dizer-lhe o que há. Saraiva trata de contrair um empréstimo e de negociar generais, que infelizmente precisamos. O póvoas está decrépito e quase morto para a nossa fé desde souto redondo. As patentes superiores, pela maior parte, estão em pessoas que regulam pela inteligência do seu amigo tenente-coronel de quadros. Há por aí outros que aprenderam a tática da covardia desde o cerco do porto. Mal podemos contar com eles, quando os vemos intervir nas fações dos liberais a fim de abrirem brecha na mesa do orçamento com as espadas postas em almoeda. No ano próximo futuro, o partido legitimista deve dar sinais de vida; se esses sinais hão de ser como os do cadáver galvanizado que se convulsiona e recai na sua podridão, isso não sei. O Sr. D. Miguel tem de vir a londres; e quando lhe constar, padre rocha, que el-rei está em Inglaterra, prepare-se com a sua energia para nos dar o muito que esperamos da sua influência e do seu afeto à legitimidade.

<< Página Anterior

pág. 76 (Capítulo 10)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 76

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196