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Capítulo 6: CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO

Página 163
Assim, as partes rudimentares ficam entregues ao jogo livre das diversas leis do crescimento, aos efeitos do desuso prolongado e à tendência para a reversão.

Uma parte desenvolvida em qualquer espécie num grau ou de uma maneira extraordinários, por comparação à mesma parte em espécies próximas, tende a ser altamente variável. - Há muitos anos, fiquei bastante impressionado com um comentário, muito semelhante ao anterior, publicado pelo Sr. Waterhouse. Infiro também a partir de uma observação feita pelo Professor Owen, a respeito do comprimento dos braços de um orangotango, que ele terá chegado a uma conclusão quase similar. É inútil procurar convencer seja quem for da verdade desta proposição sem oferecer a extensa colecção de factos que recolhi, a qual não é possível introduzir aqui. Posso apenas afirmar a minha convicção de que se trata de uma regra de elevada generalidade. Estou ciente de diversas causas de erro, mas espero tê-las tomado apropriadamente em consideração. Deve-se compreender que a regra não se aplica, de maneira alguma, a qualquer parte, por muito invulgarmente desenvolvida, a menos que o seja por comparação com a mesma parte em espécies intimamente próximas. Assim, a asa do morcego é uma estrutura muitíssimo anormal na classe dos mamíferos; mas a regra não se aplicaria aqui, porque há todo um grupo de morcegos que têm asas; aplicar-se-ia apenas se uma espécie de morcego tivesse asas desenvolvidas de uma maneira notável por comparação com as outras espécies do mesmo género. A regra aplica-se com bastante força no caso dos caracteres sexuais secundários, quando exibidos de qualquer maneira inabitual. O termo, «caracteres sexuais secundários», usado por Hunter, aplica-se a caracteres que estão associados a um sexo, mas não directamente ligados ao acto de reprodução.

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 163

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491