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Capítulo 12: CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Página 386
ao secar flutuavam muito mais; por exemplo, avelãs maduras afundavam imediatamente, mas depois de secas flutuaram durante 90 dias e posteriormente, quando plantadas, germinaram; um espargo com bagas maduras flutuou durante 23 dias, depois de seco flutuou durante 85 dias e as sementes germinaram posteriormente; as sementes maduras de Helosciadium afundaram-se em dois dias, secas flutuaram durante mais de 90 dias e germinaram depois disso. Ao todo, das 94 plantas secas, 18 flutuaram durante mais de 28 dias e algumas dessas 18 flutuaram durante um período muito mais longo. Pelo que 64/87 sementes germinaram depois de uma imersão de 28 dias; e como 18/94 plantas com fruto maduro (mas nem todas as mesmas espécies que na experiência anterior) flutuaram, depois de secarem, durante mais de 28 dias, tanto quanto podemos inferir seja o que for a partir destes poucos factos, podemos concluir que as sementes de 14/100 plantas de qualquer região poderiam flutuar por meio de correntes marítimas durante 28 dias e preservar o poder de germinação. No Johnston's Physical Atlas, o ritmo médio das diversas correntes atlânticas é de 33 milhas por dia (movendo-se algumas correntes ao ritmo de 60 milhas per diem); com esta média, as sementes de 14/1 00 plantas pertencentes a uma região poderiam flutuar através de 924 milhas marítimas até outra região; e ao darem à costa, se fossem arrastadas até um local favorável por um forte vento interior, germinariam.

Subsequentemente às minhas experiências, o Sr. Martens tentou realizar experiências semelhantes, mas de uma maneira muito melhor, pois colocou as sementes numa caixa no próprio mar, de modo que ficavam alternadamente húmidas e expostas ao ar como se de facto fossem plantas flutuantes.

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 386

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491