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Capítulo 14: CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.

Página 453
Porém, talvez uma língua muito antiga se tivesse alterado pouco e dado origem a poucas línguas novas, enquanto outras (devido à propagação e subsequente isolamento e estados civilizacionais das diversas variedades, que descendem de uma variedade comum) se teriam alterado muito e dado origem a muitas novas línguas e dialectos. Os vários graus de diferença nas línguas da mesma casta teriam de ser exprimidos por grupos subordinados a grupos; mas a ordenação apropriada, ou mesmo a única possível, continuaria a ser a genealógica; e isto seria estritamente natural, já que ligaria todas as línguas, mortas e modernas, por meio das afinidades mais próximas, e daria a filiação e origem de cada língua.

Para confirmar esta perspectiva, olhemos de relance para a classificação de variedades, que se crê ou sabe que descendem de uma espécie. São agrupadas em espécies, com subvariedades sob variedades; e, com as nossas produções domésticas, são precisos muitos mais graus de diferença, como vimos no caso dos pombos. A origem da existência de grupos subordinados a grupos é a mesma nas variedades como nas espécies, nomeadamente, a proximidade de ascendência- com vários graus de modificação. Segue-se quase as mesmas regras na classificação das variedades e das espécies. Alguns autores insistiram na necessidade de classificar as variedades num sistema natural e não artificial; alertam-nos, por exemplo, para não classificar conjuntamente duas variedades de ananás, apenas porque os seus frutos, embora sejam a parte mais importante são quase idênticas; ninguém ordena conjuntamente os nabos suecos e os comuns, embora os nutritivos e espessos caules sejam muito similares. Qualquer parte que se verifique ser a mais constante é usada na classificação de variedades: assim, o grande agricultor Marshall afirma que os cornos são muito úteis para este fim no caso do gado bovino, porque são menos variáveis do que a forma ou a coloração do corpo, etc.

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pág. 453 (Capítulo 14)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 453

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491