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Capítulo 4: CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA

Página 75
Tão-pouco isto surpreenderá quem quer que reflicta no quanto ignoramos acerca desta matéria, mesmo no que se refere à humanidade, da qual se sabe incomparavelmente mais do que acerca de qualquer outro animal. Este assunto foi competentemente tratado por diversos autores e, no meu trabalho futuro, discutirei pormenorizadamente algumas destas restrições, em particular no que se refere aos animais selvagens da América do Sul. Aqui farei só algumas observações, apenas para recordar ao leitor alguns dos pontos principais. Os ovos ou os animais muito jovens aparentemente são os que em geral mais sofrem, ainda que nem sempre seja assim. Nas plantas há uma vasta destruição de sementes, mas, a partir de algumas observações que fiz, creio que são as plantas jovens que sofrem mais quando germinam num solo já densamente povoado por outras plantas. As plantas jovens, além disso, são destruídas em grande quantidade por vários inimigos; por exemplo, num pedaço de terreno com 90 centímetros de comprimento e 60 de largura, amanhado e limpo, onde não podia haver sufocamento por outras plantas, assinalei todas as plantas jovens oriundas das sementes das nossas ervas nativas à medida que abriam e de 357 não menos do que 295 foram destruídas, sobretudo por lesmas e insectos. Se se deixa crescer erva que foi ceifada durante muito tempo, acontecendo o mesmo com a erva que serve frequentemente de pasto a quadrúpedes, as plantas mais vigorosas matam gradualmente as plantas menos vigorosas, ainda que maduras: assim, em 20 espécies a crescer numa pequena porção de relvado (com 90 por cento e 20 centímetros), nove espécies pereceram por se ter permitido que as outras espécies crescessem livremente.

A quantidade de alimento disponível para cada espécie estabelece

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pág. 75 (Capítulo 4)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 75

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491