De facto, a vingança era uma obrigação sagrada para os Judeus de Jerusalém; embora não seja a vingança o que mais incomoda, mas a perpétua auto glorificação desses santos e mártires, e a sua profunda desfaçatez. Como são repugnantes com as suas «novas vestes brancas»! Como deve ser nojento o seu presunçoso reinado! Que vil o seu espírito realmente é quando insiste, simplesmente insiste que todo o universo seja arrasado - pássaros e flores, estrelas e rios, acima de tudo as pessoas, com excepção deles próprios e dos seus queridos irmãos «eleitos»! Que abominável a sua Nova Jerusalém onde as flores nunca murcham mas conservam uma perpétua monotonia! Que horrivelmente burguês, haver flores que não murcham!
Não espanta que os pagãos tenham ficado horrorizados com o «ímpio» desejo cristão de destruir o universo. Mesmo os velhos judeus do Velho Testamento, como devem ter ficado horrorizados! Porque até eles achavam que a terra, o sol e as' estrelas eram eternos, nascidos da grande criação do Deus Todo-Poderoso. Mas não, estes mártires sem vergonha queriam ver tudo desfazer-se em fumo.
Oh, é esta a cristandade das massas medíocres, a cristandade do Apocalipse. E é medonha, devemos confessá-lo, com uma base toda feita de hipocrisia, presunção, arrogância e inveja secreta.