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Capítulo 5: Capítulo 5

Página 30
O coração humano precisa e torna a precisar de esplendor, magnificência, orgulho, arrogância, glória e soberania. Talvez seja uma necessidade ainda maior do que a necessidade de amor, pelo menos maior do que a necessidade de pão. E todo o grande rei faz de cada homem um pequeno senhor na sua esfera minúscula, enche a imaginação de soberania e esplendor, satisfaz a alma. A coisa mais perigosa do mundo é mostrar ao homem a mesquinhez da sua própria condição de limitado macho. Isso deprime-o, fá-lo mesquinho. Tornamo-nos, por infelicidade, naquilo que julgamos ser. Há muitos anos que os homens se sentem deprimidos, deprimidos até à melancolia, quase até à abjecção, com a sua viril e soberba condição. E não será isso pernicioso? Que os homens façam algo, portanto, contra este estado de coisas.

Um grande santo como Lenine - ou Shelley, ou S. Francisco - só pode gritar anátema!, anátema! ao natural e orgulhoso eu do poder, e tentar destruir deliberadamente tudo quanto é força e tudo quanto é domínio, e deixar o povo pobre, oh, tão pobre! Pobre, pobre, pobre como ele é em todas as nossas democracias modernas, embora não tenha, em parte alguma, a vida tão radicalmente empobrecida como na mais absoluta democracia, e seja qual for o dinheiro de que ele aí disponha.

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pág. 30 (Capítulo 5)

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 30

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170