Contemplemos uma grande estátua de Ramsés sentado ou túmulos etruscos; leiamos algo sobre Assurbanípal ou Dario e perguntemos depois a nós próprios que ar teriam os nossos modernos operários de fábrica ao pé dos delicados frisos egípcios com a vulgar gente do Egipto; ou os nossos soldados-kaki ao pé dos frescos assírios; ou os nossos leões da Praça Trafalgar ao pé dos de Micenas. Civilização? Revela-se mais na vida sensível do que nas invenções: enquanto povo, o que haverá em nós tão bom como o que havia nos Egípcios de há dois ou três mil anos antes de Cristo? A cultura e a civilização medem-se pela consciência vital. E seremos, por acaso, mais vitalmente conscientes do que um egípcio de há 3000 anos a.c.? Sê-lo-emos? É provável que o sejamos menos. O campo da nossa consciência é vasto mas fino como uma folha de papel. As nossas consciências não têm profundidade.
Uma coisa que ascende é uma coisa que passa - dizia Buda.
Uma civilização que ascende é uma civilização que passa. A Grécia ascendeu sobre a civilização egeia que passava; e esta foi elo entre o Egipto e a Babilónia. A Grécia ascendeu para a civilização egeia passar; e com a Roma que ascendia sucedeu o mesmo, porque a civilização etrusca era uma derradeira e poderosa onda chegada do Egeu, e na verdade Roma ascendia chegada dos Etruscos. A Pérsia ascendeu entre as duas culturas do Eufrates e do Indo e, não haja dúvidas, com a sua passagem.