Foi então que esse tal Jonathan Forster se ofereceu para subir num balão e tentar, desse modo, atravessar as tropas sitiantes e alcançar o acampamento separatista.
O governador autorizou a tentativa e o aeróstato foi fabricado.
Forster e os cinco homens que o deviam acompanhar receberam armas e víveres para o que desse e viesse.
A partida foi marcada para a noite de 18 de Março. Com vento médio de noroeste, os aeronautas contavam atingir o quartel-general de Lee em poucas horas.
O pior é que o tempo mudou e o vento de noroeste não tardou a transformar-se em furacão! A violência da tempestade era tal, que a partida de Forster foi adiada. O balão, esse, lá estava na maior praça de Richmond, cheio e pronto a largar mal o vento abrandasse. Mas as condições atmosféricas não mudavam e a impaciência crescia. Na manhã do dia 20, o furacão não só não amainara, como ainda redobrara de intensidade. Partir estava fora de questão! Nesse dia, o engenheiro Cyrus Smith foi abordado numa rua de Richmond por um desconhecido. Era um marinheiro de nome Pencroff, entre os trinta e cinco e os quarenta anos, com um rosto simpático e olhar vivo. O tal Pencroff era um americano do Norte, que viajara por todos os mares do Globo e a propósito de quem se podia dizer que não havia aventura que não lhe tivesse acontecido. Ousado e empreendedor, pouca coisa seria capaz de o apanhar de surpresa. Por questões de negócios, Pencroff chegara a Richmond no princípio do ano, na companhia de um rapaz de quinze anos, Harbert Brown, natural de New Jersey, filho do seu capitão, um órfão que ele amava como se fosse seu. Apanhado pelo cerco da cidade, a única coisa que queria era fugir de qualquer maneira. Conhecendo a reputação do engenheiro Smith e