Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 4: CAPÍTULO 4

Página 18

- Não sei como pagar-lhe tantos sacrifícios, Sr. Fernandinho.

- É bem fácil satisfazeres o teu desejo. Deveras queres recompensar-me?

- Decerto, mas infelizmente não vejo com quê.

- Vejo eu...

- Oh! então peça; se for coisa que só dependa de mim...

- Olha, Rosa, dá-me o teu coração, a tua vida, e eu ficarei bem recompensado - exclamou o jovem em tom apaixonado.

- Não brinque com essas coisas, Sr. Fernandinho - respondeu a rapariga, tristemente.

Momentos depois, Fernando parava em frente da janela onde estava Rosa, e levava jovialmente a mão ao seu largo chapéu, acompanhando este movimento com as palavras:

- Boas-tardes, branca Rosa...

- Deus lhe dê as mesmas, Sr. Fernandinho - respondeu ela, ainda um pouco comovida.

- Tua avó ralhou-te ontem à noite pela minha causa? - Continuou ele.

- Nada, Sr. Fernandinho, não me disse a mínima coisa, e até me parece que não soube que o senhor esteve aqui.

- Ainda bem; ser-me-ia de bastante pesar se sofresses o mais leve desgosto pela minha causa.

- Olhe, Sr. Fernandinho, tenho aqui uma coisa para lhe dar; é a paga do seu presente de ontem. Uma recompensa bem insignificante, não é verdade?... Mas eu não tenho outra melhor - e, dizendo isto, entregou ao mancebo o ramalhete que pela manhã tinha colhido.

Fernando olhou-o por um momento, levou-o aos lábios e exclamou:

- É muito lindo este ramo e estimo-o por vir das tuas mãos... Ah, mas ainda assim não é com flores que se retribuem paixões!

A jovem corou levemente, mas, fingindo não perceber o sentido daquelas palavras, encaminhou a conversa para assuntos estranhos.

Depois de um curto diálogo, Fernando retirou-se, continuando o seu passeio.

Ao fim da tarde, quando voltava, notou com desgosto que a janela da casa estava fechada e que Rosa não se achava, como na tarde antecedente, encostada à ombreira da porta.

<< Página Anterior

pág. 18 (Capítulo 4)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Rosa do Adro
Páginas: 202
Página atual: 18

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO 1 1
CAPÍTULO 2 6
CAPÍTULO 3 9
CAPÍTULO 4 12
CAPÍTULO 5 20
CAPÍTULO 6 31
CAPÍTULO 7 45
CAPÍTULO 8 59
CAPÍTULO 9 67
CAPÍTULO 10 84
CAPÍTULO 11 91
CAPÍTULO 12 97
CAPÍTULO 13 117
CAPÍTULO 15 140
CAPÍTULO 16 157
CAPÍTULO 17 168
CAPÍTULO 18 181
CAPÍTULO 19 193