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Capítulo 32: XXXII

Página 231

O homem, que bradava assim, era João Semana, que voltava àquela hora de uma visita distante. Vendo Clara a fugir tão apressada, conjecturou que ela se assustara, supondo-o algum facinoroso ou mal-intencionado, e por isso berrava para lhe fazer perder o medo.

Mas, ao aproximar-se da fonte, o velho cirurgião descobriu alguma coisa, que lhe pareceu procurava ocultar-se dele.

- Hum! - murmurou consigo o velho. - Pelos modos, o susto da rapariga era de outra espécie... Há-de ser o Pedro.

E acrescentou em voz alta:

- Olá, não fujas, rapaz; não é crime nenhum vir falar assim com uma noiva; ainda que para dizer a verdade, escusava de ser tanto às escondidas, escusava.

E com isto foi dirigindo o cavalo para aquele vulto, que parara, desde que viu que não podia fugir sem ser percebido. À medida que se aproximava, João Semana principiava a duvidar que fosse Pedro o homem da entrevista nocturna.

Parecia-lhe menos corpulento do que o primogénito de José das Dornas.

A esta suspeita, sulcou uma ruga profunda o longo da fronte do honesto celibatário, que decidiu consigo averiguar aquele mistério.

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pág. 231 (Capítulo 32)

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Capa do livro As Pupilas do Senhor Reitor
Páginas: 332
Página atual: 231

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 6
III 12
IV 16
V 25
VI 31
VII 35
VIII 43
IX 52
X 59
XI 65
XII 74
XIII 81
XIV 88
XV 95
XVI 102
XVII 109
XVIII 119
XIX 127
XX 134
XXI 139
XXII 147
XXIII 153
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XXV 170
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XXVIII 192
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XXXVI 256
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XLI 306
XLII 316