Escolhi da gente do “suporte” um sargento e quatro soldados da mesma companhia, de todo o segredo e confiança. Saí com eles por um beco e fui com eles pela frente dar uma descarga no nosso piquete de santa luzia, e outra no piquete do castelo. Ao mesmo tempo, não sei quem é que estava num monte ao norte de Guimarães que deu uns poucos de tiros que muito ajudaram o meu plano. O “triste” em vista da nossa prévia combinação, mandou tocar a reunir e formou o suporte debaixo dos arcos da câmara. Eu e os meus cinco homens viemos sorrateiramente metermo-nos na vila. Fui “passar revista ao suporte” a tempo em que já na praça da oliveira estava muita gente armada.
E dali, pinho leal foi à casa do arco, a fim de salvar aqueles homens que se ensopavam em bebidas de guerra numa pacificação de idiotas, e retardar alguns dias a benemérita morte do general escocês assalariado por Guizot com credenciais de costa Cabral.
O Cerveira lobo, quando soube que a força marchava à uma hora daquela noite frigidíssima, encarregou o Zeferino de lhe comprar uma botija de genebra da fina, Fockink legitima. Tinha um frasco empalhado que punha a tiracolo nas marchas noturnas. Encheu-o com a ajuda do pedreiro. O tenente-coronel, num grande desequilíbrio, não acertava a despejar a botija no frasco. O Zeferino dizia depois que o vira tão borracho que logo desconfiou que malhava abaixo do cavalo. O Cerveira afirmava que se sentia com os seus trinta anos; que andara a trote largo do seu cavalo treze léguas e não estava cansado. O Zeferino perguntou-lhe se o casal os apanharia ainda de noite; se estaria tudo acabado com outra mastigada como a de braga. Cerveira respondeu iracundo que o general era um asno, e que ele estava resolvido e mais o Vitorino a matá-lo como traidor ao Sr.