Apocalipse - Cap. 15: Capítulo 15 Pág. 120 / 180

Se é isto o que o apocalipta tem na ideia, mostra-nos como segue de muito perto a prática pagã, pois todas as antigas festas saturnalianas representam a ruptura ou, pelo menos, a interrupção de uma velha ordem de regras e leis; a «regra natural» das duas testemunhas é que é, desta vez, rompida. Durante um certo tempo - três dias e meio que são metade de uma semana sagrada e um período «curto» - os homens fogem às leis, mesmo àquelas que são próprias da sua natureza. Depois, as duas testemunhas voltam a levantar-se como arautos da nova terra e do novo corpo do homem; os homens são dominados pelo terror, a voz do céu chama-as e elas sobem numa nuvem.

«Dois, dois para os rapazes brancos como lírios e completamente vestidos de verde, oh!»

Por isso, a terra e o corpo não podem morrer a sua morte enquanto estes dois gémeos sagrados, os rivais, não tiverem sido assassinados.

Dá-se um terramoto, o sétimo anjo toca a sua trombeta e faz uma grande proclamação: os reinos deste mundo passam a ser reinos de Nosso Senhor e do seu Cristo que reinará pelos séculos dos séculos. - Volta, pois, a haver adorações e acções de graça no céu porque Deus recuperou o seu reino. E é aberto, no céu, o templo de Deus, revelados o santo dos santos e a arca do testamento. Depois há raios, vozes, trovoadas, terramotos e uma chuva de pedra que anunciam o final de uma era e proclamam outra.





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