Capítulo 24: Capítulo 24
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Já no ano 60 d.c., os cristãos formavam uma seita maldita; e como quaisquer outros homens eram compelidos ao sacrifício, ou seja, a adorar o César vivo. Dando a César o poder sobre o corpo dos homens, Jesus dava-lhe o poder de compelir os homens a consumar o acto de adoração a César. Ora, eu duvido que Jesus fosse capaz de realizar, em pessoa, este acto de adoração a um Nero ou a um Domiciano. Não duvido de que preferisse a morte. Tal como sucedeu com tantos mártires da primeira cristandade. Houve, portanto, um monstruoso dilema desde o início. Ser cristão significava morrer às mãos do Estado Romano; porque era impossível a um cristão recusar-se ao culto do imperador e à adoração de César, o homem divino. Não é de espantar, portanto, que João de Patmos achasse que não vinha longe o dia em que todos os cristãos seriam martirizados. Um tal dia teria realmente chegado se o culto imperial tivesse sido imposto ao povo de uma forma absoluta. E assim, quando todos os cristãos fossem martirizados, o que poderia um cristão esperar além de um Segundo Advento, a ressurreição e uma vingança total? Era esta a situação da comunidade cristã seis anos depois de ter morrido o Salvador.
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Páginas: 180
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