Apocalipse - Cap. 6: Capítulo 6 Pág. 36 / 180

E um senhor cósmico imenso, de pé entre os sete candeeiros eternos dos planetas arcaicos, o sol, a lua e as cinco grandes estrelas à volta dos pés. No céu, a sua cabeça reluzente está ao norte, a região sagrada do Pólo, na mão direita tem as sete estrelas da Ursa a que chamamos Plough e fá-las girar à volta da estrela polar, como ainda hoje as vemos fazer, provocando a revolução universal dos céus, o movimento de rotação do cosmo. E o senhor de todo o movimento que lança o cosmo na sua corrida. Da boca volta a sair-lhe a espada de dois gumes do Verbo, a poderosa arma do Logos que há-de atingir o mundo (e acabará por destruí-lo). Trata-se, de facto, da espada que Jesus trouxe para o meio dos homens. E a sua face acabará por brilhar como o sol no auge da força, a fonte da própria vida, a soberba, diante da qual caímos como mortos.

E Jesus é este: não só o Jesus das igrejas primitivas, mas o Jesus da actual religião popular. Sem haver nele nenhuma humildade nem sofrimento. Na verdade, é o nosso «objectivo de superioridade». E é uma verdadeira justificação da outra concepção humana de Deus; talvez a maior e mais fundamental das concepções: o magnífico Animador do Cosmo!





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