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Capítulo 6: Capítulo 6

Página 41
Quem disse que o sol me não pode falar? O sol tem uma grande e ardente consciência, e eu tenho uma pequena e ardente consciência. Quando eu conseguir desfazer-me do lixo dos sentimentos e das ideias pessoais, e descer até à nudez do meu eu solar, nesse momento o sol e eu poderemos comungar, fazer um intercâmbio ardente e ele dar-me-á vida, vida solar, enquanto eu lhe forneço um pouco de claridade nova, chegada do mundo de sangue vivo. O grande sol, como um dragão irado, aquele que odeia a nossa nervosa consciência pessoal. Tal como devem compreendê-lo todos estes modernos adeptos dos banhos de sol, pois são desintegrados pelo mesmo sol que os bronzeia. O sol, porém, ama como um leão o vermelho e vivo sangue da vida, e se soubermos como recebê-lo pode fazê-lo enriquecer infinitamente. Mas não sabemos. Perdemos o sol. E ele agora só pode cair-nos em cima e destruir-nos, decompondo qualquer coisa que em nós existe: o dragão da destruição, em vez de ser fornecedor de vida.

E também perdemos a lua, a lua fria, brilhante e sempre variável. Ela é quem gostaria de nos acariciar os nervos, de os polir com a sedosa mão da sua incandescência, de voltar a acalmá-los serenamente com a sua presença fria.

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 41

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170