Apocalipse - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 95 / 180

Acontece, porém, que os poderes ou os demónios deste mundo subterrâneo só podem lesar um quarto da terra, ou seja, um quarto do corpo carnal; significando isto que a morte só é mística e apenas foi lesado o corpo que pertence à já oficializada criação. Nesta pequena morte, a fome e as dores físicas atormentam o corpo físico mas não há, por enquanto, ferimentos mais graves. Não há pestes, pois elas são iras divinas e aqui não se trata da cólera do Todo-Poderoso.

Para os quatro cavaleiros há uma explicação que é grosseira e superficial, mas provavelmente alude ao seu verdadeiro significado. De acordo com um apocalipta tardio, os comenta dores ortodoxos que falam das épocas de fome no tempo de Tito ou Vespasiano talvez estejam a ler correctamente esta passagem ~obre ~ cevada e o trigo. O significado original, que era pagão, foi intencionalmente maculado por outro que se ajusta à história da «igreja» e Cristo versus os pecaminosos Poderes Pagãos». Nada disto atinge, porém, os cavaleiros. E aqui, mais do que em qualquer outro lado do livro, talvez possa ver-se a forma peculiar como o velho sentido foi extirpado, como o confundiram e alteraram deliberadamente mantendo embora o esqueleto da estrutura.

Há, contudo, mais três selos. O que acontecerá quando forem abertos?

No ritual pagão, depois do quarto selo e do cavaleiro do cavalo claro o iniciado está fisicamente morto.





Os capítulos deste livro