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Capítulo 30: XXX

Página 218
Mas como aconselhar a irmã, se ela lhe furtava todos os ensejos de confidências? Margarida fez o que o padre lhe ordenara. Pôs-se a espiar Clara. Foi uma amarga prova para aquele carácter feminino e por dois motivos diversos: - repugnava-lhe o papel que se julgou obrigada a desempenhar, e depois, a execução dele a cada instante lhe estava valendo descobertas, que dolorosamente lhe rasgavam o coração.

Ela percebeu que em Clara se passava qualquer coisa de singular.

Ao aparecer Daniel, ou quando ao longe lhe soavam os passos, já os olhos de Margarida viam espalhar-se, pelas faces da irmã, uma turbação pouco discreta; era com não disfarçada vivacidade, que se curvava para o ver passar, e com voz alterada de sobressalto que lhe respondia e conversava com ele.

Todas estas observações inquietavam Margarida. Padecia pela felicidade de Clara, que via ameaçada assim, e por si, cujas antigas ilusões, cujo sonho oculto, que, apesar de não ter confiança na sua realização, ela acalentava ainda, se iam pouco a pouco desvanecendo - e em que desprestigiosa realidade!

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pág. 218 (Capítulo 30)

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Capa do livro As Pupilas do Senhor Reitor
Páginas: 332
Página atual: 218

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 6
III 12
IV 16
V 25
VI 31
VII 35
VIII 43
IX 52
X 59
XI 65
XII 74
XIII 81
XIV 88
XV 95
XVI 102
XVII 109
XVIII 119
XIX 127
XX 134
XXI 139
XXII 147
XXIII 153
XXIV 161
XXV 170
XXVI 179
XXVII 187
XXVIII 192
XXIX 198
XXX 212
XXXI 219
XXXII 225
XXXIII 232
XXXIV 240
XXXV 247
XXXVI 256
XXXVII 261
XXXVIII 271
XXXIX 280
XL 296
XLI 306
XLII 316