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Capítulo 12: XII

Página 80

E pondo outra vez o chapéu na cabeça, saiu da sala.

Após ele, foram saindo também os joviais consócios da taberna, que não se sentiam com alma de continuar ali.

Para alguns tinha de ser aquela a última tentação.

O que menos contrito se mostrou foi o dono do estabelecimento, que deu ao diabo a intervenção do pároco na pacífica diversão de meia dúzia de fregueses honestos e tementes a Deus. No entretanto o reitor ia prosseguindo a visita e distribuindo pelos necessitados o dinheiro dos ociosos. Sorria de satisfação o velho, ao fazê-lo.

- As grandes ventanias - monologava ele - são também um mal para o lavrador, porque lhe derrubam as searas, mas... como se não pode evitar... que se faz? - levantam-se nos montes as asas de uns moinhos e elas aí estão aproveitadas. Aproveitemos pois também da loucura má destes perdulários, já que ainda não pude acabar com ela de todo. Se a água é muita nas presas, não se deixa extravasar à toa, abre-se um regueiro, que a leve onde ela seja precisa.

Ó Santo Deus! e então que há por aí terras tão sequinhas de água! Doer-me-ia a consciência se tivesse enchido assim a bolsa com as esmolas dos laboriosos e poupados; mas com as destes... ora!... folgo e orgulho-me.

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Capa do livro As Pupilas do Senhor Reitor
Páginas: 332
Página atual: 80

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 6
III 12
IV 16
V 25
VI 31
VII 35
VIII 43
IX 52
X 59
XI 65
XII 74
XIII 81
XIV 88
XV 95
XVI 102
XVII 109
XVIII 119
XIX 127
XX 134
XXI 139
XXII 147
XXIII 153
XXIV 161
XXV 170
XXVI 179
XXVII 187
XXVIII 192
XXIX 198
XXX 212
XXXI 219
XXXII 225
XXXIII 232
XXXIV 240
XXXV 247
XXXVI 256
XXXVII 261
XXXVIII 271
XXXIX 280
XL 296
XLI 306
XLII 316