Porém, antes de olharmos para esta segunda metade, vamos dar uma vista de olhos pelos símbolos dominantes, em especial pelos símbolos numéricos. O esquema do conjunto é de tal forma baseado nos números sete, quatro e três, que nos vale a pena tentar descobrir o que significavam estes números para o espírito dos antigos.
Três era o número sagrado; ainda é porque se trata do número da Trindade: é o número da natureza de Deus. Nos cientistas, ou nos primeiros dos primeiros filósofos, talvez encontremos os mais expressivos indícios de antigas crenças. Os primeiros cientistas apoderaram-se das ideias-símbolos com carácter religioso que existiam, e transmutaram-nas em verdadeiras «ideias». Sabemos que os antigos tinham uma visão concreta dos números - como pontos ou calhaus postos em fila. Na primitiva aritmética dos pitagóricos, o número três era considerado o número perfeito por não consentir na sua divisão e deixar ao meio um intervalo. Com três calhaus, isto é óbvio. Não conseguimos destruir a integridade do três. Se retirarmos um calhau de cada lado, ainda resta a pedra central assente em perfeito equilíbrio entre as outras duas como um corpo de pássaro entre as duas asas. E mesmo mais tarde, no século III, entendia-se este facto como divina ou perfeita condição do ser.