A Queda de um Anjo - Cap. 25: Capítulo 25 Pág. 146 / 207

Às pobrezinhas, quando o tempo se apeia dos altares, e os maridos convertem a prata dos turíbulos em caixas de rapé, fica-lhes sempre a memória consolativa daquele quarto de hora.

Tornando ao ponto, queria eu dizer que o morgado da Agra de Freimas não falaria daquele modo, nem tão íntimo da alma apaixonada, se tivesse experiência dos usos da boa sociedade. Os bons usos ordenam que o homem se declare à mulher que ama, depois que as impressões repetidas de vê-la e ouvi-la hajam desfalcado o vigor do sentimento. A praxe requer primeiro o êxtase, depois as sensaborias tartamudas, ultimamente a declaração, com intervalo de três meses ao êxtase.





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