O primo — continuou ela — conhece perfeitamente Racine e Corneille?
— Perfunctoriamente. Conheço melhor Eurípedes e Séneca. Pendi sempre à lição de clássicos gregos, latinos e portugueses. Crê-se nas províncias que o saber humano está nisto. Os franceses começo a prezá-los agora, porque… não há linguagem que não soe divinamente falada por minha prima. — Essas lisonjas — volveu ela sorrindo — aprendeu-as nos seus livros velhos, primo Calisto? — A lisonja deixará alguma hora de ser mentira?… Eu não podia mentir-lhe, prima Ifigénia. Não!… Os meus clássicos só me ensinaram duas palavras que eu possa dizer-lhe: MULHER SANTÍSSIMA! Ifigénia deixou-se amorosamente beijar nos dedos. A natureza de Sintra, incluindo os rouxinóis daquelas ramarias, poderia espantar-se: eu, não.