A Queda de um Anjo - Cap. 28: Capítulo 28 Pág. 160 / 207

Pois enfim, a fidalga não esteja aí a chorar. Seu marido há-de voltar são e salvo. O mais que eu posso fazer-lhe é ir por aí abaixo ter com ele, e desenganar-me por meus próprios olhos.

— Isso é que era bom, Sr. Brás! — exclamou Teodora, limpando as lágrimas ao avental de chita.

— Eu estou ainda com a ideia ferrada do hábito de Cristo. É cá uma birra com o boticário, que disse ao cirurgião que eu havia de ser cavaleiro do hábito quando ele fosse papa. O Sr. morgado não me responde às cartas: é um ingrato daquela casta; mas, enfim, os favores que lhe fiz na eleição não me arrependo de lhos fazer… Enfim, fidalga, se V. Exa. quer, eu vou ter-me com o Sr. morgado, e pode ser que venha com ele para cima e com o hábito.

— Está dito! — clamou Teodora — vossemecê vai, e eu faço-lhe as despesas.

— Isso lá como V. Exa. quiser… Eu, a falar verdade, não estou muito endinheirado, e alguns vinténs que tenho todos me hão-de ser precisos para pagar os direitos da mercê, etc., etc., etc. Aí vem, pois, Brás Lobato, caminho de Lisboa.





Os capítulos deste livro