A Queda de um Anjo - Cap. 2: Capítulo 2 Pág. 6 / 207

— Pois se caminhou, — replicou o presidente — não caminhou direita. Os homens são sempre os mesmos e quejandos; as leis devem ser sempre as mesmas.

— Mas… — retorquiu a oposição ilustrada — o regímen municipal expirou em 1211, Sr. presidente! V. Exa. não ignora que há hoje um código de leis comuns de todo o território português, e que desde Afonso II se estatuíram leis gerais. V. Exa. decerto leu isto…

— Li — atalhou Calisto de Barbuda — mas reprovo!

— Pois seria útil e racional que V. Exa. aprovasse.

— Útil a quem? — perguntou o presidente.

— Ao município — responderam.

— Aprovem os senhores vereadores, e façam obra por essas leis, que eu despeço-me disto. Tenho o governo de minha casa, onde sou rei e governo, segundo os forais da antiga honra portuguesa. Disse; saiu; e nunca mais voltou à Câmara.





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