E pior será se algum destes ministros, no intento de puni-las, as classificam nas aves, e nomeadamente nas galinhas! O horror dos saca-rolhas, Sr. presidente, não me desperta o ânimo!
Porque não há-de ser castigada a mulher por igual como o homem? Resposta séria à pergunta que tresanda a paradoxo: «Porque, no delito, as faculdades da mulher agitam-se perturbadas; é um período de evolução.» A mulher, que mata, por ciúme é que mata; a mulher, que propina venenos, por ciúme é que despedaça as entranhas da vítima. Isto é crime, ao que parece; crime, porém, de faculdades que se agitam perturbadas, e período de evolução. Se o termo fosse parlamentar, eu diria… farelório! Quem há-de enristar armas de argumentação contra estes odres de vento? O que eu melhor entendi, graças à linguagem correntia e pedestre da arenga, foi que o ilustre colega, avençado com o Sr. Dr. Aires, querem que todo o preso seja de todo barbeado semanalmente, lave rosto e mãos duas vezes por dia, e tenha o cabelo cortado à escovinha, e beba água com abundância, e não beba bebidas fermentadas, nem fume.
Neste projecto de lei a pequice corre parelhas com a crueldade. Que o preso lave a cara duas vezes por dia, isso bom é que ele o faça, se tiver a cara suja; mas obrigá-lo a lavatórios supérfluos, é risível puerilidade, juízo pouco asseado que precisa também de barrela.
Privar do uso do tabaco o preso que tem o hábito de fumar inveterado, é requisito de desumanidade que sobreleva à pena de prisão perpétua ou degredo por toda a vida. Tirem o cigarro ao preso; mas pendurem logo o padecente, que ele há-de agradecer-lhe o benefício.